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26 de abr. de 2011

Azarados...

Minha terceira aventura tinha como destino o município de Tapes-RS, cidade que faz parte da chamada Costa Doce, que é o complexo de lagoas presentes no Estado (Lagoa dos Patos, Lagoa Mangueira e Lagoa Mirim).
Não sabíamos exatamente aonde iríamos acampar, apenas tínhamos conhecimento que existiam alguns campings na margem da Lagoa dos Patos, mas ninguém conhecia a cidade ainda.
Para este acampamento tive mais uma evolução; ao acompanhar um amigo que foi comprar a sua barraca para ir nesta viagem, acabei comprando um fogareiro portátil (que infelizmente não me recordo da marca), mas que possui aquela parte de metal em cima, onde saí as chamas e coloca-se a panela e em baixo um compartimento plástico onde na parte superior acopla-se o gás e a inferior que encaixa-se com a superior e fica protegendo o refil, deixando ele fechado dentro da caixinha plástica.
A viagem até Tapes foi tranqüila, apesar da estrada de acesso a cidade estar completamente esburacada (RS 717). Ao chegarmos lá fomos analisar os campings e o que encontramos não foi muito motivador.  Faltava estrutura nos campings e a limpeza dos banheiros não estavam em dia, coisa que não agradou as mulheres que estavam presentes. Após uma conversa decidimos então ir para outro lugar, o município de São Lourenço do Sul, que fica mais ao sul da Lagoa, pois lá tínhamos conhecimento da existência de um belo camping.
Ao retornarmos pela estrada de acesso, eis que ocorre o primeiro imprevisto; passamos por um buraco gigante na estrada e o pneu acabou furando. Não restou outra coisa a não ser tirar TUDO do porta malas para colocarmos o estepe.


Mãos sujas, pneu trocado, malas guardadas, era hora de seguir viagem... e por falar nisso, vale ressaltar que até São Lourenço, passamos por 3 pedágios (se não me engano) e todos com um preço muito abusivo, na época estava por volta de 6 reais apenas a ida.
Chegamos ao nosso novo destinos intactos, após aquele “probleminha”, encontramos com facilidade o camping. O Camping Municipal de São Lourenço do Sul é muito bonito, uma grande área bem arborizada e com uma boa estrutura (muitas churrasqueiras, banheiros, iluminação e área de lazer). Tudo isso por um preço muito acessível, R$6,60 a diária por pessoa (valor na época).
Andamos, praticamente por todo o camping até acharmos um bom local para montarmos nossas barracas. Ficamos praticamente na beira da Lagoa, abrigados por uma bela e grande figueira.




Barracas montadas, lona esticada e após tudo isso, a fome começou a bater! Resolvemos então fazer o almoço, uma massa pela praticidade. Aí vem o segundo imprevisto... Colocamos a panela cheia de água para aquecer no fogareiro novo... Passaram-se alguns minutos e percebemos que havia algo de errado com o fogareiro. A panela estava torta e o fogo não estava mais saindo pelos “buraquinhos” de onde deveriam sair, mas sim na junção da parte de metal, que faz a acoplagem no refil, com a parte plástica de proteção. Isso ocorreu, penso eu, devido ao peso da panela com água e ao calor intenso que começou a derreter o plástico. Não havia mais o que fazer, retiramos a panela de cima do fogareiro e o colocamos dentro de uma churrasqueira, o gás saía com cada vez mais força e derretia o equipamento. As chamas atingiram um metro de altura e o fogo ficou vivo até esgotar o gás (como mostra a foto). Ficamos sem fogareiro e com muita fome...


 Como tínhamos comprado muitas coisas para fazermos nossas refeições, tivemos que ir ao centro da cidade e comprar um fogareiro de verdade. Compramos um bem mais resistente e um liquinho (bujão de 5 Kg). Problema resolvido e fome saciada, achamos que o que tinha que dar errado já tinha acontecido.


Chega à noite e com ela percebemos que ficamos em um ponto afastado da iluminação do camping, estávamos apenas com uma lanterna... a primeira noite foi tranqüila, conseguimos nos virar com a lanterna, mas a pilha acabou no inicio da noite seguinte. Estávamos sozinhos no camping, não tinha pra quem pedir pilhas emprestada ou nada do tipo, então utilizamos a iluminação dos faróis do carro mesmo, pois tínhamos que fazer a nossa janta. Problema resolvido? Sim, resolvemos o problema da luz, mas acabamos com um outro problema... a bateria do carro estava fraca após algum tempo de faróis ligados. Como estávamos no escuro e estava tarde, resolvemos deixar para resolver este problema no dia seguinte.
Pela manhã acordamos desanimados, pois era dia de partir e pensávamos que teríamos que empurrar o carro para ver se ele pegaria, mas felizmente não foi preciso, ele deu partida normalmente.
Acampamento desmontado era hora de voltar para casa... Felizmente a volta foi bem tranqüila e sem imprevistos. Após passarmos por tudo isso demos muita risada e lembramos até hoje, sem contar que tivemos mais aprendizados com isso tudo e a primeira coisa que providenciei após esse acampamento foi uma extensão e um bico de luz.

Essa foi minha terceira e mais atrapalhada aventura... Deixo por final, o link onde pode-se obter mais informações e as taxas do camping.
Abraços!

Camping Municipal de São Lourenço do Sul: http://www.saolourencodosul.rs.gov.br/conteudo.php?ID_PAGINA=53




  

6 comentários:

  1. Fala Gustavão! Acampamento da melhor qualidade esse!
    huahauauh
    Afinal a gente aprende é assim, da forma mais trabalhosa e divertida!!

    O Blog ta genial!


    Grande Abraço!

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  2. Hahaha, pior é que é a mais pura verdade!
    Obrigado pelo elogio se incentivo Alexandre, isso me motiva bastante, ainda mais vindo de mais um "blog inspirador".
    Abração!

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  3. Olá Gustavo! Quanta aventura, hein! Legal! Acho que o fogareiro ao qual se refere é o da Guepardo abastecido com cartucho de 190g, verdinho, com acendimento automático.Tenho um desse também e foi o primeiro que adquiri. Interessante que ele veio com um probleminha também, perto da válvula (ainda postarei sobre isso no meu blog). Adquiri outro depois, mas ainda tenho ele.
    Um grande abraço e até mais.

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  4. Paulo, não sei se o teu é o mesmo mo delo que tem no site da guepardo, mas se for, não é o mesmo não. Pois o que tem lá possui uma caixa plastica para guardar o equipamento e o que eu tinha era apenas o gás que ficava acoplado dentro, a parte superior onde ficam as chamas era acoplada a parte inferior (plástica).
    Ficarei atento no teu blog, se postar fotos dele depois eu comento se for o mesmo modelo.
    Abração!

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  5. Caramba Gustavo, isso que é um camping zicado!
    Muitos teriam desistido e nunca mais chegado perto da barraca rs.
    Abraços.

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  6. Certamente... mais isso só me motivou mais a continuar e evoluir, neste maravilhoso hobby!
    Abraços!

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